terça-feira, 31 de agosto de 2010

MORTE DOS CENTROS URBANOS

TÍTULO: MORTE DOS GRANDES CENTROS
A partir deste diagnóstico, serão necessárias soluções de equilíbrio, para resgatar as funções básicas e o processo de urbanização original das cidades brasileiras.

CIDADES: Diagnóstico a ser reproduzido para as principais capitais.
O centro de São Paulo assim como outras cidades, poderá morrer totalmente daqui a dez anos, conforme simulação urbana realizada por Ivanov, no centro e em municípios como Guarulhos, Taboão da Serra, Mogí das Cruzes, Cotia, Diadema, Cidades do ABC paulista, etc.

Nos últimos anos, problemas como: o comércio ilegal, o trânsito maluco, a falta de segurança e de equipamentos de lazer e cultura, levaram o centro ao êxodo de mais de 80% de sua população original. Retomar a moradia no centro é a prioridade apontada pelo presente diagnóstico para a retomada do desenvolvimento e qualidade do tecido central.
A revisão dos transportes coletivos, individuais e cargas, a modernização do mobiliário urbano, também são proposições do projeto. Defender o processo de reurbanização já, para resgatar o conforto urbano para a população de São Paulo e inciar ações efetivas de recuperação, poderá gerar o projeto modêlo, a ser reproduzido para as mega-cidades brasileiras.
O equilíbrio das funções urbanas deverá ser repensado, com a máxima urgência. As últimas alterações degradaram a área central, descaracterizaram a paisagem e propiciaram a instalação de atividades predatórias que afugentaram os habitantes e usuários, alterando a liquidez dos bens imóveis e consequentemente fuga do comercio tradicional.

INVESTIDORES QUEREM VIDA NO CENTRO ?
O CENTRO do Município aguarda por projetos e investidores que acreditem no seu potencial econômico. O que os investidores não contam é com a degeneração do tecido urbano, verificada nos últimos 15 anos e que não está sendo combatida. O Caos verificado, levará a desvalorização total dos imóveis e a morte declarada do centro, como ocorreu como o elegante bairro "Campos Elíseos", que com a instalação de alguns equipamentos e transito irrestrito, viu-se abandonado pelo poder público e em seguida, pelos moradores originais.

A QUEM INTERESSA O CENTRO ????
Ao mercado ilegal e atividades marginalizadas ?
Aos especuladores, imobiliárias e comerciantes ?
Aos proprietários e investidores ?
Ou só aos consumidores e usuários ????

O CENTRO : como modêlo de produtividade do Estado, da região metropolitana, e da América do Sul, interessa a todos. A valorização imobiliária e a dignidade do cidadão, ao serem recuperadas, combaterão à degradação, mas como resgatar a qualidade de vida para o centro ????????

TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS, CIRCULAÇÃO E HABITAÇÕES

Turistas são acima de tudo aventureiros caçadores em busca de "VIDA", novidade e ineditismo. Trata-se de um tipo de consumidor extremamente exigente, que procura sempre pela alegria de viver e a exploração do belo. Levado pelo impulso voraz de esgotamento da paisagem urbana, o turista será sempre um estranho ao meio, devorando tudo com os olhos, desfrutando da hospitalidade, fotografando, imortalizando e desaparecendo, porém deixando os rastros financeiros dos negócios e divulgando suas boas impressões dos lugares em que passaram.
Ótimo para a economia, quando o assunto é receber bem, mas uma característica básica não poderá faltar; a "VIDA PECULIAR AOS CENTROS HISTÓRICOS". Zelar para que as funções básicas estejam ativas, em equilíbrio é uma das tarefas propostas para a recuperação do complexo urbano degenerado.


EQUIPAMENTOS DE LAZER - VIDA CULTURAL - MORADORES

O CENTRO - poderá consolidar-se com o Turismo de Negócios. As atividades culturais, serão sempre uma forma de valorização do centro histórico. Qualquer motivo de encontro justificará a manutenção e desenvolvimento da vida urbana, um exercício pleno de cidadania e preservação dos valores culturais que alegram e promovem a qualidade de vida.

AÇÕES PROPOSTAS PARA ALVANCAREM A REURBANIZAÇÃO

DESENVOLVIMENTO: O centro de São Paulo, conta com uma infra-estrutura para acomodar uma população de um milhão de habitantes, uma meta que poderá ser programada para os próximos 10 anos com a otmização de toda a densidade construída do centro.

INCENTIVO DA MORADIA - 100.000 pessoas inicialmente

SISTEMA DE TRANSPORTE CIRCULAR INTEGRADO

VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA E TURISMO

SERVIÇOS À CIDADANIA - ~Revisão e readequação dos calçadões e comércio

1ª QUADRA DE OURO - Largo do Paissandú, Pça do Correio, Praça Ramos de Azevedo, Teatro Municipal e primeiro trecho da Av. São João.

VALORIZAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO - Avaliação do potencial construtivo, estoque de área e reciclagem das construções existentes de valor historico.

POTENCIAL CONSTRUTIVO - Transferir cotas desta potencialidade para áreas degradadas, como incentivo ao, MERCADO IMOBILIÁRIO, levando desenvolvimento e repaginação para as invasões e assentamentos instalados proximos ao centro.

RECICLAGEM DO ELEVADO COSTA E SILVA - Rever a necessidade de ligações entre a Zona Oeste, Leste, Concogonhas na Zona Sul, através de um sistema de transporte que possa aliviar em 250 mil veículos nos horários de picos destas vias atuais. Extender esta política de transportes para a ZONA NORTE, integrando todos os equipamentos já instalados no Complexo Anhembi, Carandirú e Center Norte, aos centros de compras como: Brás, 25 de Março, São Caetano, Luz, Bom retiro e Santa Efigênia.

PARQUE SANTOS DUMONT - Repensar a Zona Norte de São Paulo e dar a devida atenção a potencialidade da região, aos equipamentos urbanos e qualidade de vida ali existentes, à vocação da região para o Turismo de Negócios e Eventos, bem como novos equipamentos que fatalmente serão construídos nas imediações, além do crescente numero de lançamentos residenciais, enfim; reativar o que já foi a maior e mais importante porta de entrada da Cidade de São Paulo



REURBANIZAÇÃO - MARKETING INTERNACIONAL
A identidade da cidade se expressa através das fachadas. Visualizar a paisagem urbana no seu valor histórico e ou futuristico, reprojetando-a, é como ser atraído para dentro dela, explodindo com tudo que ela esteve preservando para se reviver na hora exata. O grande desafio e ousadia da Reurbanização será buscar o equilíbrio entre as funções cidadãs e a harmonia das atividades atuais para aumentar o confôrto, melhorando a qualidade de vida de todos.

EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
e mail: ivanov@arquitetoonline.com.br


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

AVENIDA SÃO JOÃO - SP

GLAMOUR E ROMANTISMO DO TEMPO DOS BARÕES



AÇÕES QUE DEGRADARAM O BOULEVARD e NOVOS CONCEITOS

Importante ligação entre o centro velho e o centro novo de São Paulo, poderá resgatar aspectos dos tempos em que o Glamour enchia a alameda de vida, alegria e lazer, produzindo valorização e atividades diversas para todos que daquele ambiente desfrutavam.
No final dos anos oitenta, a Política Urbana implementada para o Centro de São Paulo, mais especificamente para o Vale do Anhangabaú, priorizou a aglomeração, eventos e a criação dos calçadões, reprimindo por completo a circulação de veículos particulares. Jardineiras e outros mobiliários urbanos, vieram por substituir belíssimos jardins, cobertos pelos mantos de concreto. Começa ai a degradação e abandono do Boulevard São João, hoje deteriorado e sujo, sem manutenção ou cuidados.


DIAGNÓSTICO PRELIMINAR
Trecho transformado em calçadão prejudicou o comércio e a frequência
Lentidão da análise e providências por parte dos responsáveis pela preservação e tombamento
Efeito posterior do "CIDADE LIMPA", desnudou as edificações da comunicação visual, denunciando a situação urbanística atual
Excesso de coletivos nas imediações e pontos de transbordo de passageiros
Transformação da Pça do Correrio em terminal
Mobiliário urbano resistente mas frio e de difícil manutenção, com paisagismo agressivo
Concreto excessivo em desequilíbrio com a vegetação
Vias de transito sem controle de carros oficiais, não produzem distinção entre o pedrestianismo e a circulação de automóveis, desrespeito geral de ambos os usuários
Ações forçaram a saída do comércio de qualidade e êxodo do morador
O descontrole na emissão de alvarás desconsiderou a história
A interrupção entre o centro financeiro e o Boulevar, fez com que usuários de ambos os lados, se perdessem no percurso das caminhadas que proporcionavam o consumo
A falta de negociação entre os interesses, desprestigiou o comercio qualitativo, quando subliminarmente se desejava descentralizar atividades para outras areas da cidade.
A mesma desorientação fomentou a conurbação comercial metropolitana, abrindo espaço urbano na área central para o comercio ambulante de ocasião, por conta dos terminais coletivos


AÇÕES DE RESGATE DO CONCEITO QUE VIABILIZEM ECONÔMICA E FINANCEIRA A APLICAÇÃO DA PROPOSTA

A própria força do conceito "Glamour e Romantismo do tempo dos Barões"
A necessidade urgente de saneamento da marginalidade e outras atividades ingratas
O combate aos desencantos dos paulistanos que abandonaram o centro por desgosto
Resagatar a importancia histórica da Alameda palco da Fundação da cidade, e com isso
a dignidade e o orgulho de todos que habitam a região, merecedores do direito à qualidade
de toda a infra-estrutura ali instalada, fruto do suor e investimentos em impostos.
Eliminar radicalmente o conceito dos "Calçadões", revendo a liberdade de expressão, divulgação e circulação no meio urbano.
Rever o plano superficial e as rotas dos coletivos, promovendo a circulação e integração de pontos turísticos com transporte adequado e de qualidade
Reconsiderar os usos, administrando-os para o caminho da recuperação
Reurbanizar para dois mil moradores, inicialmente no trecho.
Renegociar o retorno das atividades gastronômicas, turísticas, lazer cultural e desenvolvimento urbano ao nível das grandes capitais internacionais
Estabelecer metas de ampliação desta política a ser extendida ao longo da Alameda com prazos predeterminados de execução
Repaginação da informação visual integrada aos viaductos, teatro e praças.


AÇÕES PONTUAIS PROPOSTAS PELO PROJETO

Criação dos leitos de circulação de veículos sem obstáculos ao pedestre
Construção de sanitários públicos terceirizados e higiénicos
Coletivo turistico circular, com terraço panorâmico ou guia
Passeios inspirados no modêlo da pavimentação atual das grandes capitais "Assessibilidade"
Ciclovia, estacionamentos de motos e autos ao longo do trecho
Pontos de parada dos coletivos e viaturas bem definidos
Espaço infantil e atividades ao ar livre
Iluminação e comunicação adequada a valorização do conjunto arquitetônico
Incentivos a feira de pulgas, culturais e ou comercio de conveniência

AÇÕES PARA VIABILIDADE FINANCEIRA DO PROJETO

2.000 Moradores na fase inicial de reconstrução
Estacionamento subterrâneo para 500 vagas
Valorização imobiliária e aumento da arrecadação, bem como interesses especulativos
Contrôle ostensivo dos usos e ocupação

Volta das atrações culturais, exposições, museus e gastronomia internacional
Manutenção subsidiada, gerada pelos interesses dos novos promotores da reurbanização
Dentre os novos ocupantes poderemos destacar: Bancos, Comercio em geral, gastronomia, moda, grandes grifes, rede hoteleira, conveniências, jóias e valores, festas culturais e mercado livre, e por fim, moradias de qualidade.

Nota: O projeto e fotos, estão disponíveis em detalhes no site
http://www.arquitetoonline.com.br/
São Paulo, 16 de agosto de 2010
EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
e mail: ivanov@arquitetoonline.com.br
fone (11) 2994 3306
Serviços: Consulte sobre projetos para sua cidade, rua ou espaço urbano.





terça-feira, 17 de agosto de 2010

RECICLAGEM DO MINHOCÃO EM SÃO PAULO

O QUE FAZER COM O ELEVADO ?
Em março de 2006, quando do concurso proposto para a reciclagem do elevado, reconfirmei o meu projeto datado de 1999, sobre a delicada questão que envolve não apenas um grande investimento, mas o alívio do transtorno que a obra vem causando a esta parte da cidade.
A construção do elevado trouxe desvalorização e degeneração do tecido urbano para a região dos Campos Elíseos, Barra Funda, Santa Cecília e Perdizes, um grande impacto negativo que acabou com o sossego dos moradores tradicionais da capital.


PROPOSTAS E DISCUÇÕES
A reformulação da estrutura, resulta da condenação das vigas protendidas que atingiram o grau máximo de fadiga entre seus apoios, o que não reputa em demolição das pilastras de sustentação. A polêmica consiste na demolição total ou parcial da via elevada, assim sendo passei a elaborar a minha proposta a partir da conservação e recuperação de parte do trajeto, mantendo algumas das pilastras para o trecho elevado de baixo impacto, onde um tranporte leve e semí-aéreo, cruzaria o trecho do Largo Pe.Péricles, por ar, baixando após o cruzamento da Av. Angélica, para a estação das Palmeiras, elevar-se-ia novamente até o as proximidades do Lgo do Arouche, onde assumiria o trecho terrestre, com a primeira parada denominada Santa Casa, e a segunda sob a Praça Roosevelt, de onde bifurcaria para o sentido da 23 de maio e Mooca.
Deste ponto a primeira etapa de implantação seria o trecho que levaria até o Aéroporto de Congonhas, consolidando-se assim a ligação oeste-Congonhas.


GANHOS URBANOS NO TRANSPORTE PÚBLICO
Este sistema poderia absorver 250 mil passageiros nos horários de pico, o que revertido em transporte individual, tiraria da ligação leste-oeste, cêrca de 200 mil veículos, aliviando as respectivas arteriais, bem como o custo urbano do trecho. O transporte de passageiros moderno, rápido e eficiente, traria valorização imobiliária para a Av. São João e adjacências, devolvendo a perspectiva de permanencia dos moradores que ainda resistem proximos à Santa Cecília, proporcionando ainda a possibilidades de novos lançamentos que desfrutariam de toda a infra-estrutura local, bem como a beleza da paisagem urbana da região.

REGIÃO OESTE - DADOS

Este é o atual vetor de crescimento e desenvolvimento da cidade de São Paulo, depois de extenuados os eixos sentidos, litoral, Rio e interior para Campinas. O grande estoque de área da região oeste, bem como a riqueza e beleza das áreas preservadas do lado sudoeste, alem das belíssimas praias do litoral sul, protestam a teoria do desenvolvimento deste vetor. Se considerarmos a população metropolitana entre Alpha Ville, passando por Cotia até Itapecerica da Serra e Embu, contaremos em torno de 3 milhões de pessoas que se utilizam das vias e meios de transporte que acessam a zona oeste e central de São Paulo. As marginais, o metrô linha amarela e o trecho sul do rodoanel, não serão suficientes para o escoamento de todo o transito para os proximos 10 anos, portanto a reciclagem da via elevada é mais um recurso importante a ser implantado.


PROJETO MINHOCÃO X AV SÃO JOÃO
Considerando-se a execução desta obra, em consequencia à recuperação da área degradada, teremos a discução da reurbanização do Centro de São Paulo. Políticas urbanas isoladas tem tratado a região da Luz e Santa Efigênia com prioridades, porém há de se ressaltar que a integração dos bairros tradicionais bem como as vias principais terão que receber um plano emergencial para reanimar o centro velho, recolocando o cidadão como morador e resgatando a funções essenciais para que a vida possa ressurgir no centro .

GLAMOUR E ROMANTISMO DO TEMPO DOS BARÕES
Minha proposta para o primeiro trecho da Av. São João, entre a Rua São Bento e o Largo Paissandú, é primeiramente recuperar as construções e a circulação de autos e pedestres, saneando as construções, permitindo que a vida possa transitar 24 horas pelo local. Religar o centro financeiro com a ligação oeste é uma tarefa relativamente fácil, poucas ações serão necessárias para esta reforma.
Em breve estarei publicando aqui os detalhes do projeto elaborado em 2008 e publicado no início de 2009, onde enumerei as ações que degradaram o local, bem como sugerindo, as novas ações que irão alavancar a recuperação. Posteriormente veremos a necessidade de aplicação do projeto no trecho Av. Ipiranga, e na squencia até o lgo do Arouche, etc., chegando até o final da Av. Gen Olimpio da Silveira, recuperando importante parte nobre da cidade.


EDISON IVNAOV arquiteto e urbanista
www.arquietoonline.com.br
ivanov@arquitetoonline.com.br

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

NOVOS PROBLEMAS PARA PASSAGEIROS

Em meu artigo datado de 19 de junho, anunciei premeditadamente que a saida para o caos, seria o convênio entre empresas brasileiras com outras latinas. Não foi para minha surpresa, nem para quem leu meu artigo, a fusão da TAM com a LAN. O motivo desta fusão eu comento no artigo do blog datado de 25/06/2010, sob o título "Aviões quase se chocam em São Paulo"; o artigo chama a atenção para a certificação das pistas brasileiras e da ausência de dispositivos de seguranças exigidos para as aéronaves atuais, que não operam em nosso espaço aéreo.

EVIDÊNCIAS DO CAOS E ACUSAÇÕES

As últimas ocorrências de atrasos e cancelamentos, culminam por acusar funcionários e escalas, ou pior ainda excesso de horas trabalhadas pela tripulação. Um briga que joga o passageiro contra os funcionários das companhias, gerando descontrole do atendimento por parte de ambos na hora do check-in, pior ainda levando para a justiça, ações que buscam remediar e camuflar os verdadeiros motivos do "CAOS AÉREO".

DE QUEM É A CULPA AFINAL ?
Se as nossas pistas comemoram cinquentenários sem modernizações, nossos terminais dos anos 50 e 70, foram dimensionados para 20 aéronaves e 1000 passageiros semanais, não dão conta do movimento atual, pior ainda, vimos que será elevado o número simultâneo de operações, de 20 para 30 por hora ou seja, uma operação por minuto nos horários de pico, pergunto quem é o culpado ?

FALTA DE PLANEJAMENTO E CULPABILIDADES
A falta de obras e projetos não poderá estabelecer nem nomear culpados, companhias e funcionários, sejam militares ou aéroportuários, não são responsáveis pelo caos instalado, em função de não entendermos a falta de planejamento. Enquanto os projetos ampliam os estacionamentos dos aéroportos indiretamente aumentamos as filas, enquanto aumetamos os terminais com mais área de shopings e espera, disfarçamos e tapiamos o passageiro que não vê a hora passar. Se esquecemos de cobrar planejamento sério dos nossos administradores, permitimos que as obras nos iludíssimos com a falsa modernidade, se nos sujeitamos a chicaines e senhas de espera e pior ainda, votamos nos representantes que fazem leis para que o atendimento não passe de 30 min !!!(meses, anos décadas, aguardando). ORA - Só nos resta a conformidade e consolação, por investirmos em impostos sem retorno, deveríamos estar nos perguntando se deveremos ir com nosso automóvel para os aéroportos, e não com o devido transporte público barato e de qualidade.

ELEIÇÕES 2010
Analisem os candidatos atuais, leiam os programas de governo de cada um, vamos refletir sobre a competência destes para resolverem o caos aéreo que estamos vivendo. É hora de votar com responsabilidade, pensar sériamente, que seremos 100 milhões de passageiros nos próximos dez anos, estamos a beira de grandes eventos mundiais e que diante dos "CAOS", administradores se calam e instigam na mídia invisíveis, a instalação de uma verdadeira guerra entre funcionários sem culpa e passageiros inquietos. Vamos dizer basta, vamos provar que os absurdos tem culpados sim, vamos analisar friamente que os valores gastos nas campanhas, que superam os 5 bilhões em apenas 6 meses, seriam suficientes para iniciarmos uma primeira etapa do novo aéroporto de São Paulo, que em 4 anos começaria a dar soluções definitivas ao caos aéreo, e por fim vamos nos perguntar se os proponentes serão capazes de dar a nós passageiros, as respostas que precisamos para nosso conforto futuro, ou enfim para o desenvolvimento econômico da nossa cidade e integração ao planeta.
Vejam o meu projeto para o novo aéroporto de SP, no link abaixo e enviem sugestões->
http://www.arquitetoonline.com.br/projetourbano/FHC/fhc.html
São Paulo 16 de agosto de 2010
EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
ivanov@arquitetoonline.com.br

domingo, 1 de agosto de 2010

APAGÃO NA ZN-SP:
IMPACTO DAS OBRAS E FALTA DE INFRA-ESTRUTURA:

EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
Fone (011) 2994 3306
Ivanov@arquitetoonline.com.br

TUCURUVI:
Os bairros da Zona Norte de São Paulo, apontam um crescimento pequeno, se compararmos a outras regiões, como a zona leste e oeste por exemplo. Santana, já bastante explorada e edificada, atinge um alto índice de adensamento, bem como um nível de qualidade para a demanda habitacional, fenômeno que aos poucos vai se transferindo para a Região do Tucuruvi, Vila Gustavo, Vila Guilherme e Vila Medeiros, em função da proximidade de equipamentos urbanos como o metrô e os centros comerciais.

DESENVOLVIMENTO E CAOS:
Analisando o desenvolvimento das zonas oeste e leste, poderemos notar que o crescimento, trouxe importúnio aos antigos moradores e benefícios na localização para os recém chegados. Poderemos dizer que a população original foi a maior investidora destes bairros, com o pagamento dos impostos e freqüentes e exigências junto ao poder público para a vinda das melhorias. Hoje ainda com a infra-estrutura precária, a especulação se aproveita da falta de moradia e se apóia na explosão demográfica da cidade de São Paulo, vasculhando locais privilegiados para a construção de complexos urbanos e altos lucros, interferindo na planta genérica de valores. O outro lado da moeda é o caos; todos pagam com a falta de qualidade de vida que a acelerada dinâmica urbana impõe a todos indiscriminadamente. O transito excessivo, a velocidade e a insegurança irão empurrar e até desterrar antigos moradores que atentados pela falsa valorização irão entregar anos de luta e investimentos nas melhorias, para os empreendedores que assim que perceberem a escasses, se mudarão para terras mais baratas.

IMPOSTOS URBANOS:
Posta a denuncia anterior, deverá fazer parte da pauta de reivindicações o retorno do capital investido por parte dos moradores originais, com resposta imediata, seja no abatimento dos impostos, seja na prioridade do atendimento nos serviços públicos, e não a pressão para que estes abandonem o barco agora que as coisas estão supostamente melhorando.

INFRA-ESTRUTURA:
DESALOJADOS E MAL INDENIZADOS:

Não podemos esquecer que para a chegada de alguns confortos, muitos moradores foram desapropriados indevidamente, muitos deixaram suas propriedades e partiram do bairro, outros morreram de desgosto ao receberem o valor das indenizações. Ao entorno da estação Tucuruvi do Metrô, houveram desapropriações indevidas e desnecessárias, onde seus proprietários receberam verdadeiras migalhas para saírem dos seus habitat’s. Digamos que aquele senhorzinho, imigrante italiano, dono da chácara das jaboticabas, onde hoje será o shoping Boulevad Tucuruvi, passou a vida cuidando daquele pedaçinho de terra, e morreu ao ver o que lhe deram para sair da sua casa. Assim outras áreas residenciais, onde as famílias foram aviltadas nos seus direitos à propriedade, sem saber que um planejamento extratégico, mais tarde lhes mostraria de quem são as garras e dentes e como estão afiados atualmente para assim exercerem o poder econômico, construído por sobre os escombros de humildes habitantes.

CONSTRUÇÕES E CARENTE INFRA
Vimos acima que os custos são maiores que o significados do desenvolvimento, estamos vendo as torres brotarem do chão, mas onde e quando veremos o resultado de nossa energia em preservar o bairro do Tucuruvi ???. Sim poderíamos enumerar as necessidades, urgências e prioridades para elevar a qualidade de vida de nossa região, porém, seria uma contagem inútil, pois somente a política de consumo será considerada como desenvolvimento sócio-econômico.

ENERGIA
Vamos admitir que a média residencial de consumo é de 5 mil klw ano, que embora as subestações da região tenham 50 anos e estão exatamente com a mesma capacidade da sua criação na época da Light; toda a distribuição paroquiana foi paga pela população.Considerando que 4 ruas para cada lado do novo shoping, abrigam perto de 12 mil domicílios, e que o consumo destes equivale a 20% apenas da demanda desta única obra, estaremos sujeitos a apagões nos horários de pico de verão. Quem bancará esta conta ?Se relevarmos os prejuízos em nossas casas e comércio local, indiretamente seremos impactados pelas pausas nos prédios da rede pública.

PREJUIZOS E IMPACTOS FINANCEIROS
Quem pagou pela obra do metrô ?Se pagamos por este terreno agora iremos colher os dividendos e lucros ?Com os pés no chão e sem visualisações utópicas, deveremos esperar e aguardar os danos sociais que certamente ocorrerão, desencadeados pela obras atuais e crescimento urbano desordenado em nossa região. Pagar pela infra não bastou, vamos pagar com a visão daquela lojinha do seu João, que fechará as portas, também aquela família moradora as 60 anos na modesta casinha, que será forçada a abandonar o local, pressionada por todo o caos que aos poucos e sorrateiramente irá assolar a região.

O OUTRO LADO DA MOEDA

È óbvio que necessitamos crescer, é claro que sentimos a falta das melhorias, mas estamos com buracos, sem asfalto, escolas e saúde pública precárias, sem falar que não temos nenhum equipamento para lazer cultural ou esportivo. O outro lado é que teremos mais um shoping, já foi assim na época da construção do Carrefour, muitas negociações, audiências públicas, promessas mas nada de concreto e hoje vemos os descasos, com as falhas nos acessos, o grande pólo gerador de tráfego que é este equipamento e todos os obstáculos que a população da terceira idade tem que enfrentar diáriamente para circular ao entorno do mercado.Teremos mais um Shoping; haverão novamente promessas e negociações entre a população, nossos representantes, aproveitadores e poder público, no sentido de equilibrar a falta de planejamento urbano e a vista grossa de quem deveria zelar pelo direito do “Ir e vir do cidadão”.

REFLEXÃO: Mais uma vez pagaremos pra ver....

EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
Apaixonado por seu bairro

Segue > desenhos e fotos
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