terça-feira, 17 de agosto de 2010

RECICLAGEM DO MINHOCÃO EM SÃO PAULO

O QUE FAZER COM O ELEVADO ?
Em março de 2006, quando do concurso proposto para a reciclagem do elevado, reconfirmei o meu projeto datado de 1999, sobre a delicada questão que envolve não apenas um grande investimento, mas o alívio do transtorno que a obra vem causando a esta parte da cidade.
A construção do elevado trouxe desvalorização e degeneração do tecido urbano para a região dos Campos Elíseos, Barra Funda, Santa Cecília e Perdizes, um grande impacto negativo que acabou com o sossego dos moradores tradicionais da capital.


PROPOSTAS E DISCUÇÕES
A reformulação da estrutura, resulta da condenação das vigas protendidas que atingiram o grau máximo de fadiga entre seus apoios, o que não reputa em demolição das pilastras de sustentação. A polêmica consiste na demolição total ou parcial da via elevada, assim sendo passei a elaborar a minha proposta a partir da conservação e recuperação de parte do trajeto, mantendo algumas das pilastras para o trecho elevado de baixo impacto, onde um tranporte leve e semí-aéreo, cruzaria o trecho do Largo Pe.Péricles, por ar, baixando após o cruzamento da Av. Angélica, para a estação das Palmeiras, elevar-se-ia novamente até o as proximidades do Lgo do Arouche, onde assumiria o trecho terrestre, com a primeira parada denominada Santa Casa, e a segunda sob a Praça Roosevelt, de onde bifurcaria para o sentido da 23 de maio e Mooca.
Deste ponto a primeira etapa de implantação seria o trecho que levaria até o Aéroporto de Congonhas, consolidando-se assim a ligação oeste-Congonhas.


GANHOS URBANOS NO TRANSPORTE PÚBLICO
Este sistema poderia absorver 250 mil passageiros nos horários de pico, o que revertido em transporte individual, tiraria da ligação leste-oeste, cêrca de 200 mil veículos, aliviando as respectivas arteriais, bem como o custo urbano do trecho. O transporte de passageiros moderno, rápido e eficiente, traria valorização imobiliária para a Av. São João e adjacências, devolvendo a perspectiva de permanencia dos moradores que ainda resistem proximos à Santa Cecília, proporcionando ainda a possibilidades de novos lançamentos que desfrutariam de toda a infra-estrutura local, bem como a beleza da paisagem urbana da região.

REGIÃO OESTE - DADOS

Este é o atual vetor de crescimento e desenvolvimento da cidade de São Paulo, depois de extenuados os eixos sentidos, litoral, Rio e interior para Campinas. O grande estoque de área da região oeste, bem como a riqueza e beleza das áreas preservadas do lado sudoeste, alem das belíssimas praias do litoral sul, protestam a teoria do desenvolvimento deste vetor. Se considerarmos a população metropolitana entre Alpha Ville, passando por Cotia até Itapecerica da Serra e Embu, contaremos em torno de 3 milhões de pessoas que se utilizam das vias e meios de transporte que acessam a zona oeste e central de São Paulo. As marginais, o metrô linha amarela e o trecho sul do rodoanel, não serão suficientes para o escoamento de todo o transito para os proximos 10 anos, portanto a reciclagem da via elevada é mais um recurso importante a ser implantado.


PROJETO MINHOCÃO X AV SÃO JOÃO
Considerando-se a execução desta obra, em consequencia à recuperação da área degradada, teremos a discução da reurbanização do Centro de São Paulo. Políticas urbanas isoladas tem tratado a região da Luz e Santa Efigênia com prioridades, porém há de se ressaltar que a integração dos bairros tradicionais bem como as vias principais terão que receber um plano emergencial para reanimar o centro velho, recolocando o cidadão como morador e resgatando a funções essenciais para que a vida possa ressurgir no centro .

GLAMOUR E ROMANTISMO DO TEMPO DOS BARÕES
Minha proposta para o primeiro trecho da Av. São João, entre a Rua São Bento e o Largo Paissandú, é primeiramente recuperar as construções e a circulação de autos e pedestres, saneando as construções, permitindo que a vida possa transitar 24 horas pelo local. Religar o centro financeiro com a ligação oeste é uma tarefa relativamente fácil, poucas ações serão necessárias para esta reforma.
Em breve estarei publicando aqui os detalhes do projeto elaborado em 2008 e publicado no início de 2009, onde enumerei as ações que degradaram o local, bem como sugerindo, as novas ações que irão alavancar a recuperação. Posteriormente veremos a necessidade de aplicação do projeto no trecho Av. Ipiranga, e na squencia até o lgo do Arouche, etc., chegando até o final da Av. Gen Olimpio da Silveira, recuperando importante parte nobre da cidade.


EDISON IVNAOV arquiteto e urbanista
www.arquietoonline.com.br
ivanov@arquitetoonline.com.br

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